Impressionante como há 11 dias das eleições nada de tão concreto se vê da parte de nossos candidatos a não ser a tão pífia troca de acusações: quem acusava continua acusando e quem não acusava agora começa a acusar também, talvez por ter percebido que dá certo de alguma forma. Enquanto isso, o que é verdadeiramente importante para o país fica de fora dos discursos... fato despercebido pelos de boa vontade que já têm sua preferência definida, o que não é o meu caso!
Disso tudo, para mim uma coisa, mas uma coisa somente, serviu: para eu me interessar cada vez mais em assuntos políticos e buscar conhecer um pouco mais do que me for possível e não for negligenciado pela imprensa em benefício de A ou B, como infelizmente a maioria da imprensa age.
Não estou assustado, somente indeciso, posto que não quereria nenhum destes dois como meu mandatário, mas como cristão preciso decidir por um deles, conscientemente, sem pressão de quem quer que seja ou do que quer que seja. Como reafirma nosso Pastor Dom Orani, não fazemos campanha por ninguém enquanto pastores desse rebanho.
Mas quanto ao que havia insinuado no 'título' deste post, continua a troca de acusações. No horário eleitoral, de forma irônica; nas inserções, de forma mais agressiva. Os debates parecem uma conversa entre inimigos, com ausência total dos grandes temas que interessam à população.
E tome apoio da máquina, adiamento de inquéritos sobre denúncias, situações desmascarando supostas honestidades blindadas, os telhados de vidro alheios, promessas de campanha incompatíveis com o orçamento, etc.
Jornais que noticiam novas mortes em filas de hospitais públicos (sem contar os milhares que ainda agora estão à espera de leitos e de atendimento decente) e arrastões quase que diários a pedrestes e motoristas, não só no Rio de Janeiro...
Vejo diariamente, na mídia, as promessas mirabolantes de candidato A de construir um milhão de casas, acabar com a pobreza, resolver o problema da saúde (que agoniza e fica cada vez pior há 16 anos, vide os casos recentes de óbitos, no Rio, por exemplo, de pessoas que não conseguiram vagas na UTIs dos vários hospitais estaduais, federais, municipais e conveniados pelo SUS). E a famigerada CPMF (que diga-se de passagem quase voltou com outro nome com a mesma mentirosa promessa de ter que socorrer a saúde, o que não fez em seus anos de existência nem de longe, e de alguma forma ainda tenta voltar!), serviu a quem? Serviu de quê?
Na sede de ganhar as eleições a qualquer custo promete-se aumento do salário mínimo (como disse sem levar em conta o orçamento da União), instalação de clínicas de saúde Brasil afora, programa de assistência à gestante e ao bebê, o que para mim também como já li algures configura compra de voto dos mais humildes e ingênuos, pois reforço que não diz de onde vai tirar dinheiro para fazer tudo isso...
Tenho visto um querendo tirar vantagem em cima do outro, quase todos levando alguma coisa em troca, muita coisa acontecendo pelos bastidores (que a mídia não mostra na realidade).
Observo a quantidade de pessoas atacando a independência de Marina Silva, mulher a meu ver bastante coerente, para o segundo turno. Estamos ou não estamos num regime democrático, onde cada um pode e deve defender seus pontos de vista? Neste momento, alguns se manifestam de forma 'raivosa' por não ter a candidata derrotada assumido uma posição favorável ao 'seu candidato'. Possivelmente estariam mais raivosos se a candidata expressasse sua simpatia e seu voto ao outro candidato. Insatisfação sempre!
E o que só temos assistido ultimamente, nessa baixaria, é o que ela mesma disse, antes da derrota no primeiro turno: o embate, não o debate. São discussões redundantes acerca do aborto, por exemplo. É imoral o que estão fazendo e ainda não se deram conta, visto ambos serem a favor deste crime, cada um à sua maneira... e estarem incorrendo em erro de politizar um tema que envolve medularmente as igrejas, para delas se favorecer?, e se alinharem ora a uma religião, ora a outra seita... do tipo querendo acender velas 'para Deus e o Diabo'... Lamentável essa postura!
Que os próximos debates sejam determinados por temas relevantes à população brasileira, e que façam parte das perguntas, e que, por ninguém aguentar mais (até por já saber a posição e a 'opinião pessoal' dos dois, bem como suas atitudes e falas já tomadas), lhes sejam proibidas (até nas inserções!) estas questões.
Consigo, apesar destes pesares, continuar apostando firmemente na mão de Deus que há-de nos conduzir às verdes pastagens. Mesmo que eu passe pelo vale da sombra da morte comigo tu estás, como cantam várias canções religiosas, das quais aqui destaco uma, dentro de um espírito ecumênico, que muito me edifica, dentre tantas outras, a qual eu convido você a ouvir também, e comigo orar:
E a partir dela, oremos: "Confio em teu amor que não mudará, nem mesmo a morte pode me separar, do teu cuidado e proteção, mesmo quando não te vejo SEI que a TUA MÃO ME SUSTENTA"...
ALELUIA!!
Deus abençoe!
Caríssimo, louvado seja Deus pelo seu interesse ... mas uma coisa tem me angustiado profundamente: e os meninos no seminário? esses seus artigos poderiam e deveriam chegar até eles ... a impressão que fica é que o seminário é um lugar, me desculpe a franqueza, retrógrado e conservador demais. Não é legal deixar passar essa oportunidade de debater com eles a questão da cidadania e ao mesmo tempo costurá-la com o ensinamento social da Igreja - é a prática junto com a teoria. Que oportunidade para aprofundar o DA com a Defesa e Promoção da Vida e a opção preferencial pelos pobres. Será que lá, logo lá, reina esse debate do sou contra o aborto e isso basta! Será que embarcaram nos discursos de pânico da CN? Há sentimento de coragem, ousadia e esperança? São todos jovens ... onde está a rebeldia, o desejo de liberdade e libertação? Não podem estar indiferentes ou assustados. Seria tão bonito vê-los ligados e atentos aos rumos da nação e da parcela do povo de Deus que um dia será confiada a eles.
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